O Microsoft Outlook e alguns conceitos básicos de correio eletrónico (e-mail) Parte I

O correio eletrónico (e-mail) é algo que atualmente já ninguém dispensa, neste artigo vamos abordar alguns aspetos básicos, associados ao correio eletrónico (e-mail) e ao seu cliente mais usado, o Microsoft Outlook.

Na verdade, atualmente a maior parte das pessoas, usa um browser (como o Microsoft Edge, o Google Chrome, ou o Mozilla Firefox), para ler o correio eletrónico (e-mail), normalmente designa-se a este tipo de acesso ao correio eletrónico (e-mail), acesso por WebMail.

No entanto em ambiente empresarial, sendo necessárias outras funcionalidades, com um maior grau de sofisticação, normalmente usa-se aquilo a que se designa por cliente de correio eletrónico (e-mail), sendo que seguramente o mais usado é o Microsoft Outlook; mesmo em plataformas, como o Apple Mac.

Em primeiro lugar, para ler o correio eletrónico (e-mail) com um cliente (como o Microsoft Outlook, ou outro), num computador; a partir do servidor onde se encontra alojado o servidor de correio eletrónico (e-mail), seja um servidor local, ou remoto e independentemente do sistema operativo do servidor (seja ele Microsoft Windows Server, Linux ou outro), necessitamos de um conjunto de regras (protocolos) que nos permitam ler e enviar, o correio eletrónico (e-mail).

Para leitura, do correio eletrónico (e-mail), normalmente são usados essencialmente dois protocolos, o POP3 (Post Office Protocol) e o IMAP (Internet Message Access Protocol); a grande diferença entre os dois, de forma muito resumida, é que o primeiro descarrega o correio eletrónico (e-mail) para o dispositivo local (seja ele um computador, tablet ou mobile) e o segundo cria uma cópia local no dispositivo e mantém a informação original no servidor.

Para envio, do correio eletrónico (e-mail), normalmente é usado o protocolo SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), para permitir enviar o correio eletrónico (e-mail), do dispositivo local, para o servidor remoto.

Para leitura\envio, do correio eletrónico (e-mail), usando o cliente Microsoft Outlook e servidores Microsoft Exchange Server, pode usado um conjunto de protocolos proprietários (o protocolo original mais importante, era o MAPI (Messaging Application Programming Interface)) da Microsoft que permitem ainda um conjunto de funcionalidades alargadas, como partilha de calendários, diretórios partilhados (Public Folders) e muitas outras funcionalidades.

Para guardar localmente a informação, do correio eletrónico (e-mail), usando o cliente Microsoft Outlook (com os protocolos POP e SMTP), a Microsoft desenvolveu um formato proprietário de ficheiro, com a extensão .PST (Personal Storage Table) que permite guardar toda a informação do correio eletrónico (e-mail) e seus anexos, num dispositivo localmente. O formato anterior (.PST) permite uma fácil criação de cópias de segurança, fácil portabilidade e facilidade de arquivamento, de forma muito eficaz.

Para guardar localmente a informação, do correio eletrónico (e-mail), usando o cliente Microsoft Outlook (com um Microsoft Exchange Server local, ou remoto), a Microsoft desenvolveu um formato proprietário de ficheiro, com a extensão .OST (Outlook Data Files) que permite guardar toda a informação do correio eletrónico (e-mail) e seus anexos, num dispositivo localmente (sendo neste caso, uma cópia, ou imagem do que existe no servidor). Por exemplo, o Outlook 365, Exchange Server, IMAP e Outlook.com guardam a sua informação, em (Offline) Outlook Data Files (ou ficheiros .OST).

De referir que atualmente o Microsoft Outlook, faz parte dos pacotes na nuvem (cloud), do Microsoft 365 (anteriormente Office 365), que possuem as versões Microsoft 365 Business Plans (Small Businesses) e Microsoft 365 Enterprise Plans.

A Dataframe possui certificações em Microsoft 365 (anteriormente Office 365) e Microsoft Azure, estando habilitada a comercializar e a implementar a mais recentes soluções de Office, na nuvem (Cloud).

Data da última atualização: 6 de Março de 2023

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)

Ligação Internet e Velocidades de Acesso (Internet Speed)

A velocidade de acesso à Internet, por um dado computador, nos dias que correm, é sempre fruto de grande dúvidas e polémicas, devido à forma como é interpretada e medida.

Em face do exposto acima, aqui vão algumas sugestões, para testar a velocidade de acesso à Internet com algum rigor, podendo utilizar um conjunto de sites (abaixo) e fazendo a média das velocidades medidas nos mesmos (Download\Upload); em primeiro lugar, aconselha-se o seguinte:

• Para executar os testes, utilize uma máquina Microsoft Windows 10 Professional (o mais rápida possível), a máquina deve estar totalmente atualizada (em termos de sistema operativo) e sugere-se a utilização do browser Microsoft Edge (atualizado); toda as aplicações, exceto o browser devem estar encerradas.

• A máquina acima deve ser ligada (se possível), diretamente ao router (se possível com cabo Ethernet, a Gigabit). * PS Os acessos wireless (sem fios) condicionarão as velocidades máximas obtidas, por isso deve ser utilizado um cabo.

• Para maior rigor, mais nenhuma máquina deve estar ligada, ou em utilização nessa rede (router) que está a ser testada (ou pelo menos, fora do horário de trabalho). * PS Resumindo não deverão existir mais máquinas ligadas no interior da rede; os outros dispositivos de rede que estejam a consumir largura de banda, no acesso Internet (ou seja que provoquem tráfego pela Internet) também devem ser desligados.

• Para maior rigor, os acessos do exterior não deverão estar a ser utilizados, ou seja, não deverão ter máquinas do exterior ligadas, para o interior da rede (por VPN´s).

• Para maior rigor, para além de utilizar vários sites e fazer a média dos testes; faça vários testes, ao longo de um dia e em várias semanas.

Uma breve lista, de alguns sites, passiveis de serem usados nas medições de velocidades Internet:

PC Matic http://www.pcpitstop.com/internet/bw.asp
Speedtest http://www.speedtest.net/
NET.mede https://www.netmede.pt/ * Site da ANACOM.

Vodafone http://speedtest.vodafone.pt/5/ * Usa o Speedtest.
MEO https://www.meo.pt/speedtest * Usa o Speedtest.
NOS https://www.nos.pt/particulares/internet/internet-fixa/Paginas/teste-de-velocidades.aspx

As velocidades (ou largura de banda), mais exigentes são para ver vídeos (o “streaming” de vídeo, é um dos maiores consumidores, de largura de banda), por vezes basta que existam duas, ou três pessoas, dentro de uma rede interna a ver vídeos (com alta qualidade) e ficam com a largura de banda “saturada”, assim para os formatos mais frequentes de vídeo, teremos algo como Video 720p HD, de 5 a 7,5 Mbps e para Video 1080p HD, de 8 a 12 Mbps (por cada vídeo \ utilizador). Pode ver mais detalhes de larguras de banda necessárias, pode consultar, por exemplo Definições de codificação para carregamento recomendadas (Google \ YouTube) (ver, em Taxas de Bits).

Por fim, no próximo artigo, iremos abordar como medir velocidades de transmissão efetivas (de forma simples e aproximada), entre dois computadores, em redes distintas e ligados pela Internet, o que reflete com mais exatidão as velocidades de transmissão (ou seja, por exemplo, quantos minutos demora a transferir um ficheiro, entre esses dois computadores).

Data da última atualização: 20 de Fevereiro de 2023

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)

As redes de area local (LAN – Local Area Network) e alguns conceitos básicos (AD, DHCP e DNS)?

As redes de área local (LAN – Local Area Network), são constituídos por diversos elementos que permitem interligar um conjunto de equipamentos informáticos (equipamentos de rede), entre eles, os postos de trabalho (desktop, laptop, tablet e mobile) e servidores, possuindo acessos para o exterior, normalmente pela Internet.

A parte da infraestrutura física de interligação, entre os diversos equipamentos de rede, normalmente é constituída por uma rede Ethernet (atualmente, normalmente a 1 Gbps), constituída pela cablagem (cabos e conectores) e um comutador (switch), ou vários e as placas de rede (com fios, ou sem fios (wireless)), existentes nos postos de trabalho.

Como equipamentos de rede básicos, interligados pela infraestrutura física acima descrita, em primeiro lugar, temos os postos de trabalho (desktop, laptop,tablet e mobile), usados pelo utilizadores para fazer o seu trabalho diário, atualmente na maioria dos casos usando o sistema operativo Microsoft Windows 10, ou Windows 11 (no caso dos desktop´s e laptop´s), ou o Android (no caso dos tablet´s e mobile´s), os servidores, na maior parte das vezes, possuem o Microsoft Windows Server e pretendem fornecer serviços locais, aos postos de trabalho (alguns dos quais, falaremos mais abaixo, como por exemplo, os serviços de AD, DHCP, DNS, FS e PS).

De referir que atualmente existem um conjunto adicional, muito alargado de equipamentos de rede, entre eles, as Impressoras de Rede (que fornecem serviços de impressão), as NAS (Network Attached Storage) (ver o nosso artigo O que é uma NAS (Network Attached Storage)?), os AP (Access Point´s) que possibilitam o acesso aos dispositivos móveis (sem fios (wireless)) à rede local, a Firewall (ver o nosso artigo O que é uma firewall de rede (network firewall)? ) que separa a rede local, do exterior e garante a sua segurança, o VPN Concentrator (ver o nosso artigo O que é uma VPN (Virtual Private Network)? ) que permite acessos remotos seguros, a partir do exterior da rede local, o Router que interliga a rede local, à Internet. Em redes locais, de menor dimensão alguns destes dispositivos de rede, encontram-se integrados num dispositivo.

No que diz respeito aos servidores, atualmente e na maior parte das vezes, a rede local, possui (um, ou mais) Microsoft Windows Server que fornecem serviços locais, aos postos de trabalho, entre outros, por exemplo, os seguintes serviços:

AD (Active Directory) Server: O servidor (ou servidores) que permite(m) a autenticação e validação dos utilizadores na rede (Domain Controller) e acesso aos recursos de rede; permite criar o conceito de domínio (Domain), possui uma base de dados AD (Active Directory), uma implementação do protocolo LDAP, em que os utilizadores, computadores e outros objetos de rede (por exemplo, impressoras) possuem informação nessa base de dados; permite também entre outras funções a atribuição de políticas (Policies) aos postos de trabalho e \ ou utilizadores, de forma a restringir, ou delimitar os acessos e \ ou configuração dos recursos.

o Gestão centralizada de utilizadores e autenticação (ver o nosso artigo A Identidade e a Segurança (Os Quatro Pilares da Identidade)).
o Gestão centralizada de computadores (e outros dispositivos).
o Gestão centralizada de políticas (Policies), dos utilizadores e \ ou computadores.

DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) Server: O servidor que permite a atribuição automática de informação de configuração TCP/IP (endereços IP e informação de configuração de acesso interna e externa) aos postos de trabalho; permite facilmente gerir e distribuir de forma centralizada essa informação.

DNS (Domain Name System) Server: O servidor que permite a resolução de nomes lógicos internos e \ ou Internet (pode ser interno e \ ou externo), para endereços IP; ou seja é um sistema de gestão de nomes “lógicos” hierárquico e distribuído, visando resolver nomes de domínios, em endereços de rede (IP).

FS (File Server): O servidor que permite a partilha de ficheiros e \ ou diretórios entre os utilizadores de rede e o controlo do acesso aos mesmos, mediante o utilizador e \ ou grupos a que pertence; definindo o tipo de acesso aos recursos (por exemplo, modo somente de leitura ou Read Only, controlo total ou Full Controll, sem acesso ou Deny, etc ). O serviço de ficheiros, normalmente possui também serviços de indexação e procura eficientes (como por exemplo, o Microsoft Search Service).

PS (Print Server): O servidor que permite a partilha de impressoras, com fila de espera no servidor, entre os utilizadores de rede e o controlo do acesso aos mesmos, mediante o utilizador e \ ou grupos a que pertence. A partilha de impressoras em servidores (Print Sharing), é cada vez menos usado, devido à maior versatilidade, rapidez e maior número de funções das impressoras de rede (ligadas diretamente, às redes Ethernet).

Os servidores poderão desempenhar muitas outras funções, como por exemplo, E-Mail Server, Web Server, Backup Server, TS (Terminal Server), SQL (Structured Query Language) Server, Microsoft WSUS (Windows Server Update Services), Microsoft SharePoint Server, ERP (Enterprise Resource Planning) Server, consolas de produtos de segurança, como por exemplo a consola de gestão e administração, do Trend Micro Worry-Free Business Security e muitos outros serviços (em breve faremos artigo, somente com algumas destas funções adicionais para um servidor).

Data da última atualização: 6 de Fevereiro de 2023

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)

Como manter o Microsoft Windows 10 devidamente atualizado e algumas dicas

Nos dias de hoje, uma das questões mais críticas, é a manutenção das atualizações dos sistemas informáticos, em especial dos computadores e do seu sistema operativo, mantendo-os sempre atualizados (isto independentemente do sistema operativo usado).

O presente artigo, incide sobre o sistema operativo Microsoft Windows, em que as máquinas também devem estar totalmente atualizadas e suportados, ao nível do sistema operativo Microsoft Windows (utilizando o Windows Update), podendo e devendo ser verificadas as corretas atualizações das máquinas periodicamente, por parte dos utilizadores (aconselha-se no mínimo mensalmente).

De referir que a versão Microsoft Windows 7, já foi descontinuada e não tem suporte (desde 14 de Janeiro de 2020) e a versão Microsoft Windows 8.1, vai ser descontinuada, em 10 de Janeiro de 2023. Como de momento o Microsoft Windows 10, representa mais de 70% do mercado dos computadores “desktop” (para detalhe, ver link Desktop Windows Version Market Share Worldwide), focamo-nos na versão Windows 10, para saber as últimas atualizações disponíveis, para o Microsoft Windows 10, poderá consultar Microsoft Windows 10 Version.

A melhor forma de manter um sistema Microsoft Windows atualizado, é configurar as atualizações para modo automático, no caso do Microsoft Windows 10, por defeito as atualizações estão em modo automático (ou seja, serão sempre instaladas), não sendo por defeito possível ao utilizador não as realizar, mas podendo adiá-las; para mais informação sobre a gestão das atualizações, poderá consultar o artigo Manage updates in Windows, para as configurações avançadas, poderá por exemplo, consultar o artigo How to change Windows Update advanced settings on Windows 10 .

Presentemente e de forma simplista, a Microsoft procede a atualizações importantes mensalmente, na segunda terça-feira, de cada mês (Patch Tuesday); caso existam atualizações críticas, as mesmas poderão ser lançadas fora deste período.

Caso pretendamos mudar de versão do Microsoft Windows 10, por exemplo se possui a versão 21H2 e pretende atualizar para a versão 22H2 (de momento a última versão existente), poderá sempre forçar a sua atualização, utilizando o utilitário Windows 10 Update Assistant, fazendo download e executando-o, procederá assim à atualização forçada do seu sistema, para a última versão.
Para mais informação sobre o Microsoft Windows 10 Update Assistant, poderá consultar o artigo respetivo Windows 10 Update Assistant.

Caso necessite de saber qual a versão do Windows 10 que está sendo executada no seu dispositivo, você pode verificar de uma forma rápida e fácil; na caixa de pesquisa na barra de tarefas, digitar winver e selecionar winver na lista de resultados, executando-o.

Para conseguir verificar com facilidade e frequência, a configuração das atualizações, o mais fácil será criar um atalho (shortcut) na sua área de trabalho (desktop), com o conteúdo ms-settings:windowsupdate; caso pretenda ver em detalhe com criá-lo, pode consultar por exemplo, o artigo How to Create a Shortcut to Windows Update on Windows 10.

Para finalizar, a grande questão de quando atualizar para um novo sistema operativo, surge sempre quando é lançada uma nova versão desse sistema, neste caso o Microsoft Windows 11 (lançado, em 5 de Outubro de 2021), claro que cada um de nós terá sua opinião, mas fruto da experiência desde o primeiro Windows lançado pela Microsoft, raramente atualizo para uma nova versão do sistema operativo, durante o primeiro ano (12 meses) da nova versão e considero uma boa opção a atualização dos sistemas Microsoft Windows, algures entre os 18 e os 24 meses.

Data da última atualização: 31 de Outubro de 2022

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)