Como se iniciar, com as Máquinas Virtuais (Virtual Machines) ?

As Máquinas Virtuais (Virtual Machines) não são muito diferentes de um computador físico, também necessitam de processador (CPU), memória (RAM), discos para armazenamento permanente (Storage)(pode consultar o nosso artigo Algumas breves notas sobre CPU (Processador), RAM (Memória) e Storage (Armazenamento)), um sistema operativo (pode consultar o nosso artigo O que é um Sistema Operativo (Operating System)) e software aplicacional; de forma muito simplista, diríamos que a grande diferença, é que em vez de terem hardware (um computador físico) só para si, existem dentro duma máquina física partilhada, com o chamado Hipervisor (ou Virtualizador) possibilitando a existência de diversas máquinas virtuais, numa mesma máquina física (como introdução, aconselha-se a ler primeiro, o nosso artigo O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?).

O objetivo inicial das máquinas virtuais, era poder executar aplicações de um sistema operativo, noutro sistema operativo, um dos primeiros Hipervisores (ainda muito básico) permitia executar uma máquina virtual Windows, dentro dum Apple Mac PowerPC (como Host); no fundo, permitia executar aplicações Microsoft Windows, num Apple Mac PowerPC. A versão chamava-se Virtual PC (era um emulador do hardware Intel x86), foi criado pela empresa Connectix em 1997 e adquirida pela Microsoft em 2003, tendo dado origem, ao produto Microsoft Virtual PC.

Para fazer o nosso primeiro teste, com máquinas virtuais, podemos utilizar como Hipervisor (Hyper-V no Microsoft Windows 10\11) usando qualquer máquina, com Microsoft Windows 10\ 11 (convém que tenha um mínimo de 8 GB de RAM e um processador Intel Core i5, ou superior e bastante espaço em disco livre), instalando o Hyper-V (por defeito não se encontra instalado; pode consultar, por exemplo Install Hyper-V on Windows 10), procedendo depois à criação da sua primeira máquina virtual (vazia, ou seja uma instalação de raiz). Para aprender como criar uma máquina virtual e instalar um sistema operativo, na sua nova máquina virtual (ou seja, proceder à criação da sua primeira máquina virtual), pode usar por exemplo o artigo Create Virtual Machine with Hyper-V on Windows 10. A única coisa adicional que você necessitará, é de um ficheiro .ISO para o sistema operativo (ou seja, o suporte de instalação do sistema operativo) que deseja instalar.

As máquinas virtuais são extremamente portáteis (são “imagens”, constituídas por simples ficheiros .VHD, ou .VHDX), podendo mover-se facilmente uma máquina virtual num Hipervisor, para outro Hipervisor noutro computador completamente diferente, de forma bastante rápida e eficiente, permitindo também facilmente backups (cópias de segurança), de forma bastante simples.

Numa segunda fase de testes e devido às características das máquinas virtuais, acima enunciadas, ou seja a facilidade de migração de máquinas físicas, para máquinas virtuais, se pretender começar a compreender um pouco melhor esta área; em primeiro lugar, poderá começar por utilizar o utilitário da Microsoft Disk2vhd que lhe permite criar as “imagens” (ficheiros .VHD, ou .VHDX) duma máquina física existente e lhe permitem criar um máquina virtual, com base nesse(s) disco(s); em segundo lugar, depois necessita de usar esses discos numa máquina virtual a criar, fazendo uso desses disco(s), em vez de instalar a máquina virtual de raiz).

O Microsoft Disk2vhd é um utilitário que cria versões VHD (ou VHDX) (disco rígido virtual, ou formato de disco de máquina virtual da Microsoft) de discos físicos, para utilização em máquinas virtuais (VMs) Microsoft Virtual PC, ou Microsoft Hyper-V. A diferença entre o Disk2vhd e outras ferramentas físicas é que você pode executar o Disk2vhd, num sistema que esteja Online (ou seja, em funcionamento normal). De referir que o formato original VHD, tem um limite de 2 TB (2,040 GB) para cada disco selecionado, devendo-se nesses casos selecionar a opção Use Vhdx (VHDX) (que não está selecionada por defeito), de referir que o formato VHDX (face ao formato VHD) possui ainda outras funcionalidades adicionais, não discutidas neste artigo.

Por fim, de referir que neste artigo, focamo-nos única e exclusivamente, em soluções de máquinas virtuais, fornecidos e suportados pela Microsoft.

Para qualquer questão adicional, contacte-nos; a Dataframe tem profissionais habilitados, com largos anos de experiência e certificados, para as soluções complexas anteriormente referenciadas e em especial para o seu adequado planeamento e dimensionamento.

Pode também consultar, os nosso artigos anteriores (sugere-se a ordem de leitura abaixo):

O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?

Algumas breves notas sobre CPU (Processador), RAM (Memória) e Storage (Armazenamento)

O que é um Sistema Operativo (Operating System)

Pode também consultar, as seguintes referências na Internet:

Virtual PC

O Que São Máquinas Virtuais e Como Funcionam

Introdução ao Hyper-V no Windows 10

Disk2vhd: Detailed Introduction to Convert Physical to Virtual Machine

Data da última atualização: 4 de Março de 2024

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)

O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?

As Máquinas Virtuais, muitas vezes abreviadas como VM (Virtual Machine), não são muito diferentes de um computador físico, como um computador, servidor, smartphone ou tablet. As máquinas virtuais, também têm processador (CPU), memória (RAM), discos para armazenamento permanente (Storage) e podem inclusive ligar-se à Internet, caso necessário.

As partes que compõem um computador nas sua parte física (denominadas “hardware”) são tangíveis, as VM´s são (normalmente), encaradas como computadores virtuais, ou computadores definidos por “software” dentro de servidores físicos, existindo apenas como código.

A virtualização (de forma simplista) consiste no processo de criar uma versão baseada em “software” (ou “virtual”) de um computador, com quantidades dedicadas de processador, memória e armazenamento que são “emprestadas” por um computador anfitrião (Host) físico que pode ser um computador pessoal e/ou um servidor. As máquinas virtuais, na prática são ficheiros de computador, normalmente denominados “imagens” que são “executadas” num servidor de virtualização e se comportam como um computador tradicional.

As máquinas virtuais, na maior parte dos casos, estão num servidor de virtualização anfitrião (Host), onde são “executadas”, as “imagens” de cada máquina virtual (Guest´s); os sistemas operativos do sistema anfitrião (Host OS), pode ser diferente dos sistemas operativos da máquinas virtuais (Guest OS), sendo que cada sistema anfitrião pode ser partilhado por várias máquinas virtuais.

As máquinas virtuais (Guest) são executadas como computadores individuais, com sistemas operativos e aplicações individuais, têm a vantagem de permanecer completamente independentes entre si e por outro lado independentes, para com o computador anfitrião físico (Host) e não podem interferir com o sistema operativo principal, do computador anfitrião (Host OS).

As máquinas virtuais também são extremamente portáteis (são “imagens”, constituídas por simples ficheiros), podendo mover-se facilmente uma máquina virtual num Hipervisor, para outro Hipervisor noutro computador completamente diferente, de forma bastante rápida e eficiente, permitindo também facilmente backup´s (cópias de segurança), de forma bastante simples.

O software de virtualização, normalmente chamado Hipervisor (por exemplo, o Microsoft Hiper-V, ou o VMWare vSphere), ou Virtual Machine Manager, pode executar diferentes sistemas operativos, em diferentes máquinas virtuais, ao mesmo tempo. Caso pretenda iniciar-se nesta área, poderá começar pela Introdução ao Hyper-V no Windows 10; ou seja, também é possível ter um Hipervisor no seu computador local e iniciar-se nas máquinas virtuais.

As máquinas virtuais podem ser acedidas numa janela (dum computador cliente), como um ambiente de computação separado, utilizadas muitas vezes para executar um sistema operativo diferente (do computador cliente), normalmente usando protocolos, como por exemplo o RDP (Remote Desktop Protocol).

Por fim, a facilidade de migração de máquinas físicas, para máquinas virtuais, é um dos grandes trunfos da virtualização, se quer começar a compreender esta área, poderá começar pelo utilitário da Microsoft Disk2vhd que lhe permite criar as “imagens” (ficheiros VHD, ou VHDX) que lhe possibilitam criar um máquina virtual, com base numa máquina física (pode por exemplo, começar por criar uma máquina virtual do seu computador).

Data da última atualização: 23 de Janeiro de 2023

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)